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Contrato PJ: Entenda Como Funciona, Diferenças para CLT e Cuidados na Contratação



A contratação de profissionais como Pessoa Jurídica (PJ) tem ganhado cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Com a flexibilização das leis trabalhistas e o avanço do trabalho remoto, muitas empresas passaram a adotar o modelo como alternativa ao regime tradicional da CLT. Mas, apesar das aparentes vantagens, o contrato PJ exige atenção — tanto para evitar riscos jurídicos quanto para garantir uma relação saudável e transparente com o prestador de serviço.


Neste artigo, vamos explicar em detalhes o que é o contrato PJ, quais as diferenças em relação à CLT, como funciona na prática, quais são os direitos e obrigações envolvidas e os cuidados essenciais que sua empresa deve adotar para evitar problemas com a Justiça do Trabalho.


📌 Ao final, você entenderá se essa é uma estratégia adequada para o seu negócio — e como aplicá-la com segurança.

Índice:



1. O que é um contrato PJ?


O contrato PJ é um acordo formal entre duas empresas — no caso, sua empresa e o profissional prestador de serviços, que possui CNPJ. Diferente do vínculo empregatício da CLT, essa modalidade é regida por um contrato de prestação de serviços, sem obrigações típicas da relação trabalhista, como recolhimento de FGTS, férias ou 13º salário.


Na prática, é como contratar uma empresa terceirizada, ainda que o prestador seja uma única pessoa.



2. Diferença entre contratação PJ e CLT


A principal diferença está no vínculo empregatício. A contratação CLT pressupõe subordinação, habitualidade, pessoalidade e onerosidade — os quatro elementos que caracterizam a relação de emprego.


Já o contrato PJ é uma relação comercial. O prestador deve atuar com autonomia, sem subordinação direta ou controle de jornada. Também não há pagamento de encargos trabalhistas, e o profissional é responsável por emitir nota fiscal, recolher impostos e manter sua regularidade fiscal.


⚠️ Importante: Quando essas diferenças não são respeitadas, pode‑se configurar a chamada pejotização, considerada fraude trabalhista pela Justiça.


3. Vantagens e desvantagens do contrato PJ para empresas


✅ Vantagens:


  • Redução de custos com encargos trabalhistas.

  • Flexibilidade para contratar por projeto ou período específico.

  • Agilidade na contratação e encerramento da prestação de serviços.

  • Acesso a profissionais especializados sem necessidade de vínculo permanente.


❌ Desvantagens e riscos:


  • Risco de caracterização de vínculo empregatício se houver subordinação.

  • Menor comprometimento de longo prazo do profissional.

  • Necessidade de monitoramento jurídico constante nos contratos e na rotina da relação.



4. Quais os cuidados ao contratar um PJ?


Para evitar problemas, é fundamental seguir boas práticas jurídicas e operacionais:


Evite a subordinação direta

O PJ não deve seguir ordens hierárquicas nem bater ponto. Ele define sua rotina, desde que entregue os serviços conforme combinado.


Não exija exclusividade

A prestação de serviços deve permitir que o profissional atenda outros clientes. Exigir dedicação exclusiva pode indicar vínculo empregatício.

.

Formalize tudo em contrato

Especifique escopo, prazos, entregas, valores, forma de pagamento, cláusulas de rescisão e penalidades.


Verifique o CNPJ e certidões

Confirme se o prestador está regular com a Receita Federal, se é optante do Simples Nacional e se emite notas fiscais corretamente.



5. Como elaborar um contrato PJ seguro?


Um contrato de prestação de serviços deve conter:

  • Identificação completa das partes (CNPJ/CPF e endereço);

  • Descrição objetiva do serviço;

  • Prazos para entrega e validade do contrato;

  • Valores e forma de pagamento;

  • Obrigações de cada parte;

  • Penalidades por inadimplência;

  • Cláusula de confidencialidade (se necessário);

  • Condições para rescisão;

  • Assinaturas físicas ou digitais com validade jurídica.


💡 Dica: Use plataformas confiáveis para assinaturas digitais, como Clicksign, D4Sign ou Adobe Sign.


6. Quais são os direitos de um profissional PJ?


Ao contrário de um trabalhador contratado pela CLT, o profissional PJ não possui direitos trabalhistas garantidos por lei. Benefícios como férias remuneradas, 13º salário, FGTS, adicional noturno, licença‑maternidade e aviso prévio só existem se forem previstos no contrato.


Ainda assim, o PJ pode (e deve) criar sua própria rede de proteção:


Contribuição previdenciária:


Se o sócio retira pró‑labore e recolhe INSS como contribuinte individual, garante benefícios como:

  1. Aposentadoria por idade ou invalidez;

  2. Auxílio‑doença em caso de incapacidade;

  3. Salário‑maternidade (mulheres, com carência mínima);

  4. Auxílio‑reclusão e pensão por morte para os dependentes.


🔎 O contribuinte individual recolhe 11 % sobre o pró‑labore e a empresa recolhe mais 20 % patronal. No caso do MEI, a alíquota é 5 % sobre o salário‑mínimo pago no DAS.

Planejamento pessoal

Contratar plano de saúde, seguro de vida, previdência privada e criar reserva para férias ou emergências.


E quando o PJ é MEI?

Microempreendedor Individual (MEI) tem regras simplificadas. Ao pagar a DAS mensal, garante:

Benefício

Carência mínima

Aposentadoria por idade

15 anos de contribuição + idade mínima

Auxílio‑doença / invalidez

12 contribuições

Salário‑maternidade

10 contribuições

Pensão por morte / auxílio‑reclusão

conforme regras específicas

  • O valor do benefício costuma ser de 1 salário‑mínimo.

  • qualidade de segurado permanece até 12 meses após a última contribuição.


👉 Para a empresa contratante, conhecer essas diferenças é essencial. Não basta optar por um modelo mais barato: é preciso agir dentro da legalidade, respeitar os limites da relação comercial e garantir que o prestador de serviço tenha plena consciência de seus direitos e obrigações.


7. Como funcionam os impostos no contrato PJ?

A tributação depende do regime escolhido pela empresa do profissional:


📌 Simples Nacional (mais comum)

  • Alíquota inicial: a partir de 6 % (Anexo III).

  • Serviços intelectuais (TI, publicidade, consultoria etc.) podem cair no Anexo V, que inicia em 15,5 % caso não atinja o Fator R.

  • Guia única (DAS) já inclui ISS, PIS, Cofins, IRPJ e CSLL.


📌 Pró‑labore

  • O PJ define um pró‑labore mensal (remuneração dos sócios).

  • Sobre esse valor incidem:

    • INSS: 11 % para o sócio + 20 % patronal para a empresa;

    • IRRF conforme a tabela progressiva.


📌 Distribuição de lucros

  • Isenta de IR para o titular se houver escrituração contábil regular.

💡 Mesmo com tributos, a carga do PJ costuma ser menor que a da CLT — desde que haja planejamento contábil.


💡 Ou seja: Mesmo com tributos, a carga do PJ costuma ser menor que a da CLT — desde que haja planejamento contábil.

8. O que é pejotização e por que você deve evitar?


Pejotização é contratar profissionais como PJ, mas exigir obrigações típicas de um empregado CLT. Exemplos:

  • Controle de ponto e jornada diária;

  • Subordinação direta a gestor;

  • Pagamento fixo mensal com exclusividade;

  • Participação em rotinas internas como se fosse da equipe.


Se a Justiça reconhecer o vínculo, a empresa arca com multas e encargos retroativos.

⚠️ Segundo a Lei 6.019/1974, um ex-funcionário CLT só pode ser recontratado como PJ após 18 meses do desligamento (exceto em caso de aposentadoria).


9. Rescisão de contrato PJ: como agir corretamente?

Diferente da demissão tradicional, o encerramento do contrato PJ é mais simples. Não há aviso prévio obrigatório ou verbas rescisórias, a não ser que estejam previstas em cláusula contratual.


O ideal é que o contrato contenha:

  • Prazo de aviso antecipado (ex: 15 ou 30 dias)

  • Multas rescisórias em caso de quebra contratual

  • Regras claras para devolução de documentos, equipamentos ou confidencialidade


📄 Lembre-se de que o contrato PJ é regido pelo Código Civil, não pela CLT.


10. CLT ou PJ: o que vale mais a pena para sua empresa?

Essa decisão depende de diversos fatores, entre eles:

Critério

Contratação CLT

Contratação PJ

Encargos e tributos

Altos (INSS, FGTS, IR etc.)

Menores (a partir de 6% via Simples)

Segurança jurídica

Alta, com direitos protegidos

Média, depende do contrato

Flexibilidade contratual

Baixa

Alta

Risco de passivo trabalhista

Controlado

Elevado se houver pejotização

Controle de jornada

Obrigatório

Não permitido

💬 Contratar PJ pode ser financeiramente mais vantajoso, desde que o contrato seja bem estruturado e a relação seja realmente autônoma.

Conclusão


A contratação PJ é uma alternativa moderna e estratégica, mas exige planejamento, atenção às leis e boa consultoria contábil. Quando bem aplicada, traz ganhos significativos para ambos os lados — economia e agilidade para a empresa, autonomia e potencial de renda para o profissional.


🧩 Mas não se engane: economizar agora pode custar caro depois se a contratação for mal feita ou se transformar em pejotização. Antes de contratar ou ser contratado como PJ, consulte uma contabilidade especializada.


📞 Fale com a SMR Contábil e entenda qual modelo é o mais seguro e vantajoso para a sua empresa!

 
 
 
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